O Flamengo venceu o Palmeiras na noite dessa quinta-feira (21/1) no Mané Garrincha, em jogo válido pela 31ª rodada do Brasileirão. E como já se esperava, a rivalidade entre os dois times foi aflorada e quem estava no estádio percebeu a tensão existente entre os rivais, que dividem o protagonismo no futebol nacional nos últimos anos.
O Metrópoles acompanhou os bastidores da partida e presenciou discussões que só reforçam a rivalidade entre as duas equipes nas últimas temporadas.
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Abel x Ceni
Os dois treinadores tiveram comportamentos semelhantes na partida. Desde o começo do jogo, Rogério Ceni manteve-se pilhado e agitado, sempre ligado no jogo e orientando seus jogadores. O técnico ficou os 90 minutos de pé em sua área técnica, muitas vezes esbravejando com seus comandados, mesmo com o resultado positivo durante grande parte do duelo.
Já Abel alternava entre momentos de calma e fúria. Desde que chegou ao Brasil, o treinador se destacou pela grande campanha do alviverde na temporada, mas também chamou a atenção pelo comportamento extremamente agitado nos jogos do Palmeiras.
A postura do português por pouco não rendeu uma ausência na final da Libertadores: Ferreira acumulou dois cartões amarelos e, se tivesse recebido o terceiro contra o River Plate, não comandaria o time brasileiro na decisão da competição continental.
Um comportamento comum entre os dois treinadores: a reclamação com a arbitragem. Os dois comandantes não pouparam Sávio Sampaio, árbitro do DF escalado para a partida. A todo o momento, técnicos, suas respectivas comissões técnicas e dirigentes direcionavam críticas inflamadas ao juiz e seus assistentes.
Ânimos exaltados
O Metrópoles flagrou uma decisão acalorada envolvendo os dois times. Anderson Barros, diretor de futebol do Palmeiras, entrou em atrito com a cúpula da CBF no estádio e se irritou com a proibição de um membro da comunicação do clube de entrar na área do gramado. Segundo Barros, o Flamengo, mandante da partida, deu a ordem para impedir o acesso do funcionário.
“O Flamengo impediu nosso funcionário de trabalhar. É um absurdo o que eles fizeram aqui hoje. O menino estava fazendo apenas o trabalho dele. Além desse absurdo, tinha gente demais no estádio”, bradou o dirigente.
Porém, o Flamengo garante que cumpriu as exigências do protocolo de segurança da CBF contra a Covid-19.
Já nos minutos finais da partida, houve uma breve discussão entre o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, e o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, que estava sentado nas cadeiras inferiores do estádio, atrás do banco de reservas rubro-negro.
Braz explicou ao portal o motivo do bate-boca: “Ele estava reclamando um pouquinho, dizendo que o goleiro estava fazendo cera e a gente lembrou que é assim mesmo, que eles também fizeram cera contra o River. Não é nada demais”, disse.
“Era o resultado que a gente precisava pra continuar na luta. Não tem nada ganho, não tem nada perdido, mas a gente precisava mais do que nunca (da vitória)”, comemorou o sucesso do time.
Mané Garrincha, a segunda casa?
Marcos Braz falou sobre a partida ter sido trazida para Brasília e também elogiou o gramado do Mané Garrincha, assim como Rogério Ceni. “Um dos motivos que a gente trouxe esse jogo para Brasília, não só por toda a infraestrutura que a gente tem aqui, foi em função também da gente ter ganho o título da Supercopa (do Brasil) aqui, no ano passado”, lembrou. “Perfeito como sempre (o gramado). Está maravilhoso o campo. Meus parabéns para quem administra o estádio.”
O Flamengo continua em Brasília até sábado (23/1) à tarde. A equipe treina nesta sexta (22/1) e no sábado antes de embarcar para Curitiba, onde enfrenta o Athletico-PR neste domingo (24/1), pela 32ª rodada do Brasileirão.
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