Jogadores uruguaios não aceitaram bem a suspensão dada pela FA a Edinson Cavani. O jogador do Manchester United foi punido com três jogos de suspensão e uma multa de 100 mil libras por ter usado a palavra “negrito” nas suas redes sociais, após uma vitória sobre o Southampton em 29 de novembro.
“Nós devemos condenar a conduta arbitrária da Associação de Futebol Inglês. Longe de condenar o racismo, a FA cometeu um ato discriminatório contra a cultura e o modo de vida do povo uruguaio”, escreveu a Associação de Jogadores de Futebol do Uruguai em um comunicado.
“A sanção (a Cavani) demonstra a visão dogmática, etnocêntrica e tendenciosa da FA, que permite apena que uma interpretação subjetiva seja feita a partir de sua conclusão particular e excludente, não importa o quanto seja falha”, continuou.
O comunicado, apoiado por jogadores como Diego Godín e Diego Lugano, explica que Cavani nunca foi racista em sua expressão. Ele teria apenas usado uma expressão comum na América Latina para se referir de forma “afetiva a alguém próximo”. “Apoiar que a única interpretação válida da vida é aquela que reside nas mentes dos gerentes da FA é o verdadeiro ato discriminatório, o qual é completamente repressor contra a cultura uruguaia”.
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Fazendo coro à manifestação dos jogadores uruguaios, a Academia Uruguaia de Letras havia se manifestado sobre a punição, afirmando que a decisão da FA demonstra “falta de conhecimento cultural e linguístico do futebol inglês”
Cavani, 33 ano, já cumpriu uma partida de sua suspensão, tendo perdido o jogo contra o Aston Villa. Caso a punição seja mantida, ele perderá a semifinal da Copa da Liga Inglesa contra o Manchester City nesta quarta (6/1) e o duelo contra o Watford válido pela FA Cup.
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