Receita Série B? Torcedores do Vasco repetem invasão de atuais times do Z4

Jogadores e comissão técnica do Vasco foram surpreendidos na manhã de quinta-feira (10/12) com a invasão de torcedores ao Centro de Treinamento. Em tom pouco amistoso, cerca de 10 membros de uma organizada exigiram reação imediata no Brasileirão.

O ambiente tenso, no entanto, tem tudo para continuar no Vasco. O indício para isso é que a receita escolhida por esses torcedores já foi testada por outros neste a ano e nada mudou. Curiosamente, os atuais companheiros do cruz-maltino na zona de rebaixamento – Botafogo, Coritiba e Goiás – também passaram por conversas, ameaças e xingamentos recentes.

No início de outubro, o Goiás autorizou a entrada de membros de uma organizada ao CT. Separados apenas por uma grade, os jogadores tiveram de ouvir uma “palestra” da torcida. Após cobrança por vontade e mudança de postura, um torcedor partiu para as ameaças: “Só tem homem aqui, pai de família, não preciso sair de casa para vir pagar sapo para ninguém. Vou falar uma coisa para vocês, de coração mesmo, nós estamos com quem correr, mas se quiser fazer sacanagem, lavo minhas mãos. Goiânia é desse tamanhinho aqui. Nós não vamos aceitar essa palhaçada, não. A partir de hoje, acabou a paz”, disse o torcedor. Na ocasião, o Goiás era o lanterna do Brasileirão, posição que segue até hoje.

Outro clube carioca entre os quatro últimos do Brasileirão no momento, o Botafogo lidou mais de uma vez em 2020 com reações explosivas de torcedores.

Horas antes do jogo com o Ceará, no dia 30 de outubro, cerca de 300 torcedores foram até a sede do clube, em General Severiano, revoltados com a incerteza do futuro do time. Apesar da presença da polícia militar, manifestantes pularam o muro, passaram pelos seguranças e protestaram de dentro da sede. Não havia jogadores no local. Episódios de pichações dos muros e ameaças na saída do estádio também fizeram parte da rotina do Botafogo em 2020.

Em 18º no Brasileirão após 24 rodadas, o Coritiba já teve de lidar pelo menos duas vezes com a “visita” de torcedores indesejados. Após as três primeiras rodadas do Brasileirão, membros de organizadas se aglomeraram na porta do ônibus dos jogadores e também do Estádio Couto Pereira para cobrar melhora.

Já no mês passado, um grupo de torcedores protestou na saída do Couto Pereira, com cantos de “Haja paciência. Ou joga ou começa a violência” e “Se cair para a Série B, a porrada vai rolar”.

Pressão na parte de cima

Vale ressaltar que a receita “cobrança no CT” não foi privilégio dos times que estão na zona de rebaixamento em 2020. Multicampeão no ano passado, o Flamengo teve de lidar com torcedores pouco amistosos no aeroporto. O desembarque do rubro-negro no Rio de Janeiro após a goleada sofrida por 4 x 0 diante do Atlético-MG foi cheio de tensão. No dia 9 de novembro, um grupo recebeu jogadores e comissão técnica no aeroporto com xingamentos e até rojões.

O próprio líder do Campeonato Brasileiro se viu acuado por torcedores no início de outubro. Cerca de 100 torcedores do São Paulo compareceram ao CT da Barra Funda para protestar após a eliminação do Tricolor Paulista da Libertadores. “Ô Daniel, quebra meu galho, vai tocar samba lá na casa do c….”, foi um dos gritos entoados pelos torcedores contra Daniel Alves. O técnico Fernando Diniz também foi um dos alvos principais.

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