Mara Stefania Gomez, de 23 anos, estreou pelo Villa San Carlos nesta segunda-feira (7/12), na derrota por 7 x 1 para o Lanus, pela primeira divisão argentina. Mas, apesar da goleada sofrida, o dia foi muito feliz para Mara, que se tornou a primeira transgênero a jogar futebol profissional na Argentina.
Ela conseguiu a aprovação da Federação Argentina de Futebol (AFA) e se emocionou com a oportunidade. “Quando comecei, o futebol era uma terapia para mim e não conseguia pensar que era possível sonhar ou pensar em jogar na primeira divisão”, disse Gomez à ESPN.
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Mara agradeceu à AFA que aceitou as recomendações do Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre inclusão para permitir que ela jogasse profissionalmente. “Há alguns anos era impensável falar sobre isso, mas agora estamos abrindo novos caminhos. É uma grande conquista”, comentou.
“Tenho orgulho de representar uma comunidade, mas também uma parte da sociedade e de saber que me tornei uma referência para muitas pessoas”, destacou Mara.
“Não foi mágica, não foi um presente, não foi fácil. Houve uma vida de luta, sofrimento e tristeza. Houve uma vida de luta, sofrimento e tristeza”, desabafou a atleta em seu Instagram. “Houve uma vida à beira da morte e de um coração partido. Muitos obstáculos tiveram que ser superados para reverter o passado. Isso é apenas o começo. Hoje eu respiro. Hoje minha alma retorna ao meu corpo”.
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O Lanus homenageou e presentou Gomez com a camisa 10 do clube com seu nome gravado. “Celebramos e acompanhamos este enorme passo no caminho para expandir os direitos. Parabéns, Mara Gomez”, escreveu a instituição.
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