O sucesso do Flamengo do português Jorge Jesus em 2019 encantou o mercado brasileiro a ponto de ditar tendência imediata entre os clubes do país. Em 2020, sete clubes da Série A apostaram em técnicos estrangeiros, mas a maioria abandonou a moda antes do término do ano. O Vasco anunciou a demissão de Ricardo Sá Pinto nessa terça-feira (29/12) e, desta forma, o Brasileirão chegará a 2021 com apenas dois comandantes gringos: Abel Ferreira (Palmeiras) e Jorge Sampaoli (Atlético-MG).
Assim como o cruz-maltino fez na reta final de 2020, o próprio Flamengo – tido como a referência com Jesus – declinou da tendência estrangeira. Após a saída inesperada do português, em julho, o rubro-negro insistiu em um comandante de fora e contratou o espanhol Domènec Torrent. Pouco mais de três meses depois, mudou a rota e trocou o ex-auxiliar de Pep Guardiola pelo brasileiro Rogério Ceni.
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O Botafogo foi um dos últimos a aderir ao movimento, mas rompeu com a ideia menos de um mês depois. Acertou com o argentino Ramón Diaz e, antes da estreia, o trocou pelo brasileiro Eduardo Barroca.
Veja a seguir os times da Série A que mexeram com o mercado estrangeiro no Brasil:
Internacional – Eduardo Coudet (Argentina)
O Internacional anunciou o argentino Eduardo Coudet em 16 de dezembro de 2019. O Colorado precisou esperar o treinador resolver pendências em seu país de origem para poder anunciá-lo e projetar o ano de 2020. Menos de um ano depois, porém, o argentino recebeu proposta do Celta, da Espanha, e deixou o clube. Sem muito tempo para encontrar um novo comandante, o Inter apostou no velho conhecido da torcida, o brasileiro Abel Braga.
Atlético-MG – Rafael Dudamel (Venezuela) e Jorge Sampaoli (Argentina)
O Atlético-MG se desfez de Vagner Mancini no fim de 2019 e decidiu contratar o venezuelano Rafael Dudamel, no dia 2 de janeiro de 2020. O Galo tirou o comandante da seleção de seu país, mas o demitiu apenas 10 jogos depois, no dia 27 de fevereiro. Em 1º de março, voltou a apostar em um gringo, desta vez no argentino Jorge Sampaoli, desejo antigo do clube. Ele segue até hoje.
Santos – Jesualdo Ferreira (Portugal)
Após perder o argentino Jorge Sampaoli no fim de 2019, o Santos repetiu a receita e contratou mais um estrangeiro para 2020: o português Jesualdo Ferreira. Ele foi anunciado pelo clube em 23 de dezembro de 2019, mas os resultados não agradaram à diretoria. No dia 5 de agosto, ele foi desligado do Peixe. Desta vez, o clube abandonou a moda gringa e apostou no brasileiro Cuca.
Flamengo – Jorge Jesus (Portugal) e Domènec Torrent (Espanha)
Ditador da moda ao fazer sucesso com o português Jorge Jesus, o Flamengo é mais um a abandoná-la menos de um ano depois. Em 17 de julho, Jesus acertou sua transferência para o Benfica. O rubro-negro precisou ir ao mercado e anunciou o espanhol Domènec Torrent, ex-auxiliar de Pep Guardiola, em 31 de julho. No dia 9 de novembro, o time carioca dispensa o espanhol e investe na contratação do brasileiro Rogério Ceni.
Vasco – Ricardo Sá Pinto (Portugal)
Após duas tentativas frustradas em 2020 – Ramon Menezes e Abel Braga -, o Vasco decidiu cruzar o Atlântico e buscar o português Ricardo Sá Pinto. Ele foi anunciado no dia 14 de outubro, mas o desempenho não melhorou. Nessa terça-feira (29/12), foi demitido com o time na zona de rebaixamento.
Palmeiras – Abel Ferreira (Portugal)
Após ser campeão paulista com o brasileiro Vanderlei Luxemburgo e se classificar para as oitavas de final da Libertadores com a melhor campanha da fase de grupos, o Palmeiras quis mudança. No dia 30 de outubro, decidiu entrar para o time dos técnicos estrangeiros e anunciou Abel Ferreira, que segue até hoje no comando.
Botafogo – Ramón Diaz (Argentina)
O Glorioso foi o time que menos tempo aderiu à moda gringa. Depois de insucessos com Alberto Valentim, Paulo Autuori e Bruno Lazaroni, o time decidiu contratar o argentino Ramón Diaz, no dia 5 de novembro. O comandante, porém, se recuperava de uma cirurgia e só poderia se apresentar em dezembro. No dia 27 de novembro, o clube decidiu desligá-lo, antes mesmo da estreia. No mesmo dia, anunciou o brasileiro Eduardo Barroca, que segue até hoje.
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