Caso Gerson: veja outras ocorrências de injúria racial no futebol e suas repercussões

O meia Gerson, do Flamengo, foi mais um atleta a sofrer com o preconceito e a injúria racial. Outros jogadores do futebol mundial já passaram por isso e sofreram na pele a discriminação.Reveja outros casos de racismo no mundo da bola e a repercussão para os infratores:

Grafite e Desábato
Em 2005, o São Paulo enfrentou o Quilmes em uma partida válida pela Libertadores da América. Como de costume, o duelo entre brasileiros e argentinos foi muito duro e disputado, mas a provocação acabou passando dos limites da conduta esportiva.

O atacante Grafite, ex-São Paulo e hoje comentarista dos canais SporTV, acusou o zagueiro Leandro Desábato de racismo. Ao fim da partida, o defensor do time argentino acabou o jogo preso, após receber ordem de prisão pelo crime.

Zokora revida covardia
Em 2012, uma rivalidade entre o marfinense Didier Zokora e o turco Emre Belozoglu deixou o campo e partiu para a esfera pessoal entre os dois jogadores. Isso porque Emre teria chamado Zokora de “negro sujo” em uma partida do campeonato turco.

No reencontro entre os dois, o clima esquentou antes mesmo da bola rolar. No aperto de mão entre as duas equipes, Zokora se recusou a cumprimentar o turco. Em campo, o marfinense respondeu aos insultos racistas com entradas violentas, assim como todo o time do Trabzonspor.

Emre já tinha se envolvido em episódios semelhantes anteriormente. Em 2007, no futebol inglês, o meia teria sido racista com três jogadores do Everton.


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Neymar
Os dois jogadores, que atuaram juntos no Barcelona e na Seleção Brasileira, foram ofendidos de forma semelhante. Em 2011, em um amistoso da Seleção contra a Escócia, um turista alemão jogou uma banana no campo, fazendo alusão a um macaco se referindo ao craque do PSG.

Anos depois, em 2020, o brasileiro afirmou ter sido vítima de racismo em jogo do campeonato francês. Na partida contra o Olympique de Marselha, Neymar foi expulso por ter revidado com um soco uma ofensa racista por parte do zagueiro Alvaro González, que o teria chamado de macaco.

Daniel Alves
O mesmo episódio de Neymar com a banana aconteceu com o hoje meia do São Paulo. Porém, o lateral à época reagiu de forma completamente diferente de Neymar, que ficou apenas chateado com a situação. Em jogo válido pelo Campeonato Espanhol contra o Villarreal, em 2014, a torcida do adversário também atirou a fruta no gramado.

Mas Alves comeu a banana e seguiu a partida.

“Estou há 11 anos na Espanha e há 11 anos é dessa maneira. Temos de rir dessa gente atrasada”, lamentou o jogador na ocasião.

Taison
Em um caso mais recente, o atacante Taison sofreu na pele o preconceito em uma partida na Ucrânia. O jogador percebeu as ofensas da torcida do Dínamo de Kiev e não ficou calado. O avante do Shakthar Donetsk mostrou o dedo do meio para a torcida. Visivelmente chateado e chorando, o brasileiro ainda acabou expulso pelo árbitro.

O jogador ainda foi punido com um jogo de suspensão por revidar às ofensas.

Champions League
A última rodada da competição continental da atual temporada reservou um episódio triste na partida entre PSG e Istanbul Basaksehir. A delegação do time turco acusou o quarto árbitro do duelo de proferir um insulto racista contra um jogador da equipe. 

O jogo teve que ser adiado e realizado no dia seguinte, com jogadores como Neymar e Mbappé exigindo que o membro da arbitragem fosse retirado do confronto. A UEFA investiga o caso.

Até na escolinha
O último caso mais recente envolve uma criança de apenas 11 anos. O garoto Luiz Eduardo afirmou que, em uma partida entre escolinhas infantis em Goiás, o treinador adversário teria sido racista com ele. 

“Ele falava assim toda hora: ‘Fecha o preto, fecha o preto, fecha o preto aí’. Eu guardei para falar no final. Ele falou um monte de vezes”, disse o menino, chorando.

O treinador negou as ofensas. O caso ganhou repercussão, com Neymar gravando vídeo para consolar o garoto. O Santos também se comoveu e enviou uma camisa para o pequeno.

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