Apenas dois dias após a despedida do técnico Eduardo Coudet, o Internacional não escondeu os efeitos da mudança repentina de treinador e foi derrotado pelo América-MG por 1 x 0, nesta quarta-feira (11/11), no Beira-Rio, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil. O jogo desta noite marcou a reestreia de Abel Braga no comando do time gaúcho.
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Quase irreconhecível, apesar da decisão de Abel de evitar mudanças na equipe, o Inter esteve abaixo do esperado ao longo dos 90 minutos e pode ter se complicado na competição. Com o tropeço, será eliminado da Copa do Brasil se não vencer o América na quarta-feira que vem, dia 18, no Independência, em Belo Horizonte.
O time mineiro, por sua vez, voltou a ganhar confiança no campeonato. A equipe comandada pelo técnico Lisca já havia surpreendido nas oitavas de final, ao eliminar o Corinthians. Embalado, o vice-líder da Série B precisa apenas de uma igualdade no placar na volta para alcançar a semifinal.
O JOGO – A equipe gaúcha começou a partida desconcentrada e em ritmo lento, muito distante da intensidade que marca a campanha do time então sob Coudet no Brasileirão. Ao voltar ao Inter, Abel Braga praticamente não promoveu mudanças. Até o esquema tático foi mantido. Mas a perda de intensidade trouxe consequências no primeiro tempo.
O América foi mais incisivo nos primeiros minutos e abriu o placar aos 12. Diego Ferreira cruzou com precisão, pela direita, e Rodolfo acertou cabeçada certeira no canto. O gol aumentou ainda mais o ímpeto do América, que adiantava sua marcação e buscava a menor falha da defesa rival para voltar a surpreender.
A situação do Inter piorou aos 24 minutos, ao perder de forma precoce Patrick no meio-campo. Lesionado, deu lugar a Peglow, alterando a estrutura do meio-campo e do ataque. Nos primeiros 45 minutos, o Inter praticamente só ameaçou o gol mineiro uma única vez. Aos 45, Heitor cruzou e Galhardo, bem marcado, cabeceou de forma desajeitada, longe do gol.
Para o segundo tempo, o time gaúcho voltou com as mesmas dificuldades no meio-campo. Depois de perder Patrick, o setor ficou perdido. Ora esvaziava, quando Peglow avançava, ora ficava inchado, com postura mais recuada. Faltava armação, problema que Abel tentou resolveu ao colocar D’Alessandro na vaga de Peglow.
Mas não teve sucesso. À medida que o tempo passava no segundo tempo, o elenco do Inter ganhava em tensão e se desorganizava em campo. Longe de repetir as boas atuações que levaram a equipe à liderança do Brasileirão. Ao América coube apenas repetir a forte marcação da etapa inicial para assegurar a vitória fora de casa.
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