O futebol, cada vez mais multicultural, abraça jogadores e treinadores de todos os cantos do mundo. Mas e quando essa troca de cultura vira um problema? Em entrevista recente, o belga Romelu Lukaku afirmou que o dinamarquês Christian Eriksen poderia se destacar mais na Inter de Milão caso falasse italiano.
Relembre casos de trabalhos de times e treinadores que não foram para frente por esbarrarem na barreira de língua.
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Luxemburgo e os Galácticos
Há 15 anos, Vanderlei Luxemburgo ganhava a oportunidade de sua carreira: o treinador despontava como o melhor técnico brasileiro na atualidade e era contratado pelo gigante Real Madrid. Luxa teria sob sua batuta nomes consagrados do futebol mundial como David Beckham, Luis Figo, Zinedine Zidane, Ronaldo e Roberto Carlos.
Mas a saga de Luxemburgo na Espanha durou pouco: apenas 45 jogos e nenhuma taça. Um dos grandes problemas do treinador no time espanhol era o ruído na comunicação. O brasileiro chegou a arranhar o famoso “portunhol”, mas teve seu trabalho prejudicado e deixou a Europa mais cedo do que pretendia.
Felipão e o Chelsea
Em 2008, Luis Felipe Scolari era convidado a assumir uma grande potência do futebol inglês: o Chelsea. O brasileiro chegou ao clube da Terra da Rainha após uma boa campanha comandando Portugal na Eurocopa. Mas, assim como o compatriota Luxemburgo, a estadia de Felipão em solo londrino não foi das mais longas.
O treinador teve muitos problemas, entre eles o idioma e a dificuldade de se relacionar com um elenco repleto de estrelas como Didier Drogba, Frank Lampard, Jonh Terry, Nicolas Anelka e Michael Ballack. Além de bater de frente com os astros do time, Felipão não dominava o inglês e o problema também acarretou na queda do treinador, apenas sete meses à frente do time.
Emery no Arsenal
Em 2019, o espanholUnai Emery acabou demitido do comando do Arsenal. Além de outros entraves, como o problema de relacionamento com o alemão Mezut Ozil, a língua sempre foi um pé no sapato para o técnico nos Gunners.
O elenco teria perdido a confiança em Emery e um dos fatores que pode ter desencadeado a quebra do plantel foi mesmo o idioma. Sem se habituar ao inglês, o espanhol tentava se comunicar com os jogadores, que chegavam a interpretar errado suas instruções em campo.
Depois de uma sequência de sete jogos sem vitória na temporada 2019/20, o treinador foi demitido do clube inglês após um ano e seis meses de trabalho.
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