Edson Arantes do Nascimento é daqueles nomes que dispensam maiores apresentações. Resumido ou maximizado pelo apelido Pelé, o Rei do Futebol completa 80 anos nesta sexta-feira (23/10) e ainda hoje tem histórias inéditas para contar ou para servir de apoio para livros e documentários.
Neste mês, o escritor Silvestre Gorgulho, residente em Brasília, lançou sua obra De Casaca e Chuteiras: A era dos grandes dribles na Política, Cultura e História. São 436 páginas de uma junção curiosa sobre Pelé, política e cultura, que passeia pela história de Brasília e do Brasil.
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Como se nota, Pelé se tornou uma fonte eterna de variadas histórias e vertentes. Embora seja facilmente identificado por apenas quatro letras, ele preenche linhas intermináveis de livros e documentários, que ajudam a entender melhor quem é Edson Arantes do Nascimento.
A seguir, o Metrópoles destaca oito obras (quatro livros e quatro documentários) que ajudam a assimilar a importância de Pelé.
Isto é Pelé (Luiz Carlos Barreto e Eduardo Escorel)
O documentário de 1974, ano em que Pelé deixou os gramados de futebol pela primeira vez, tem como marco principal uma cena histórica. Nela, o camisa 10 se despede da Seleção Brasileira com uma volta olímpica no estádio, ovacionado, e com pedidos para ficar. Também se destacam polêmicas do jogador, como agressões em campo, que passaram despercebidas por árbitros.
Pelé Eterno (Aníbal Massaini)
O documentário de 2006 é uma obra de fôlego, uma joia para quem deseja ver do que Pelé era capaz em campo. São gols raríssimos – 400 no total -, além de depoimentos do Rei do Futebol e sua história desde o nascimento na cidade mineira de Três Corações.
O último show de Pelé (Emanuela Audisio e Matteo Patrono)
O documentário italiano de 2018 traz com riqueza de detalhes o último jogo de Pelé, em 1977, quando atuava pelo Cosmos, nos Estados Unidos. Antes disso, porém, viaja na história do retorno do Rei ao futebol – havia se aposentado em 1974, mas decidiu se aventurar nos Estados Unidos. Traz um ar de que Pelé chegou a passar dificuldade financeira no Brasil, mas se tornou o atleta mais bem pago nos EUA. Depoimentos de amigos e companheiros de time à época também tratam da vida pessoal de Pelé em solo norte-americano.
O Rei Pelé (Carlos Hugo Christensen)
O documentário mais antigo sobre a história de Pelé, em 1962, é uma obra emocionante. Ele se baseia no livro Eu Sou Pelé, com direito a diálogos do gênio escritor Nelson Rodrigues, que também participa do filme. Familiares e amigos também dão seus depoimentos no longa de 1h30.
Pelé. A autobiografia (2006)
Nas 304 páginas da autobiografia lançada em 2006, Pelé conta com sua própria voz, de forma simples como num bate-papo, um inacreditável conto de sucesso e transformação – de criança pobre a adulto milionário, das peladas com bola de meia nas ruas de Bauru às partidas épicas nos estádios mais glamourosos do mundo, de ladrão de amendoim a Cavaleiro condecorado pela Rainha, de “pestinha” ajoelhado no milho a ministro de Estado – de homem a lenda. Mas nem só de triunfos é feita essa história.
Pelé 70 (2010)
A carreira de Pelé registrada em 80 imagens numa fotobiografia irresistível. Entre os registros, estão os históricos socos no ar durante a comemoração de gols, mas também peças raras, como uma cena de Pelé rodeado por crianças com o uniforme sujo de lama.
Pelé: Estrela Negra em Campos Verdes (2008)
Por trás da incrível história do menino pobre que ficou milionário com o futebol, há o ser humano, com méritos, defeitos e problemas na vida pessoal. Neste livro, a autora Angelica Basthi aborda temas espinhosos como problemas com filhos, relacionamentos amorosos e contratos comerciais atribulados.
De casaca e chuteira – A Era dos Grandes Dribles na Política, Cultura e História (2020)
Após 10 anos de pesquisa, captação de entrevistas, regisitros e depoimentos, o autor Silvestre Gorgulho entrelaça os temas Pelé, política e cultura numa mesma obra. Para uma perspectiva múltipla da história de Pelé, o jornalista e escritor entrevistou o arquiteto Oscar Niemeyer, o ex-presidente da Fifa, João Havelange, o governador João Doria, o cineasta Aníbal Massaíni e o fiel escudeiro do rei, José Fornos Rodrigues, o Pepito.
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