Depois de 19 anos de sua primeira passagem pelo Cruzeiro, o técnico Luis Felipe Scolari, pentacampeão mundial com a Seleção Brasileira, voltou a comandar o Cruzeiro nessa terça-feira (20/10) e, numa circunstância diferente, por um jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da Série B. A vitória por 1 x 0 sobre o Operário-PR, em Ponta Grossa, parece ter sido um pequeno degrau para sair do que ele mesmo chamou de “atoleiro”.
Felipão, com 71 anos, faz parte do grupo de risco da Covid-19. E utilizou uma máscara na área técnica. Ele chegou ao estádio Germano Kruger escondendo a falta de bigode, debaixo de muitos holofotes e flashes. Não quis falar e entrou para os vestiários ao lado da delegação. Em campo gritou, gesticulou e vibrou muito com a vitória. Na coletiva, após o jogo, pediu muita cautela a todos.
“Este foi o primeiro passo. E ainda faltam muitos. Hoje foi um pequeno passinho. Temos muitos ainda a dar, para não termos a dificuldade que estamos passando. Temos algumas situações que vamos conversar com o presidente para tirar o pé deste atoleiro que estamos passando“, afirmou Felipão.
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Sem tempo para treinar, Felipão acredita que contribuiu neste momento para passar tranquilidade aos jogadores do Cruzeiro, que estão sob forte pressão. “Eles estão desconfiados de si próprios. Não acreditando totalmente nas qualidades que tem. Sabemos que algumas coisas são diferentes na Série B. Nós tínhamos cinco da base hoje e eles só tinham um menino de 18 anos. Estudamos o adversário e eles têm uma altura maior do que nossos jogadores”
Superar as dificuldades faz parte da vida e é isso que Felipão promete pregar para os jogadores, dentro do clube e para a torcida, através da imprensa. “Se nos quisermos que o Cruzeiro volte como antigamente, vamos ter que fazer diferente. No momento, eu passei a confiança que tenho neles. Todos nós passamos por dificuldades na vida. Fizemos um treino tático, de 45 minutos. Não tem nada de diferente. Faltam muitos degraus para nos subirmos. E algumas situações para melhorar tecnicamente e enfrentar as equipes de melhores condições”.
O técnico pentacampeão do mundo não se ilude e evitou falar da possibilidade de acesso, tanto que ele pediu cautela a todos. “Estou com barro até o pescoço, primeiro temos que sair de onde nós estamos. Ainda faltam muitos e muitos jogos, muita qualidade, muito treinamento, muitos pontos para que a gente possa sair desta situação”, concluiu.
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