Amigo de Robinho comemorou ausência de câmeras em local de estupro

O programa Esporte Espetacular, da TV Globo, divulgou novas conversas que levaram o jogador Robinho a ser condenado por estupro na Itália, em 2017. Em trechos inéditos, Ricardo Falco, amigo de Robinho, comemora o fato de não ter câmeras em uma boate em Milão, local do crime. Advogado da vítima nega que sua cliente tenha pedido dinheiro a Robinho.

Alívio

Nas novas conversas, Ricardo Falco e Robinho comentam sobre o ocorrido. Falco foi condenado a nove anos de reclusão no mesmo processo que Robinho.  Veja:

Falco:  Se ela fosse uma menina mais esperta, dois dias depois, ela teria dito: “Escuta, eu fiz alguns exames… Robinho, ou você me dá um dinheiro ou eu vou procurar os jornais…”. Aí eu diria que acabou. A menina fez os exames, acabou. Entendeu?
Robinho:  Primeiro, porque não tocamos na menina. Quem a tocou foram os meninos. Segundo: não há provas.
Falco: Nada.
Robinho:  Não tinha nenhuma câmera, ela não tem nenhuma foto.

A sentença mostra uma conversa em que Falco reage com alívio ao fato de não haver câmeras no local.

Falco:  A minha única preocupação é que se tivesse câmeras, porque, se tivesse câmeras, elas teriam gravado que eu estava transando com a garota. O fato de não ter câmeras foi a nossa salvação.
Falco:  Naquele dia ela não conseguia fazer nada, nem mesmo ficar em pé, ela estava realmente fora de si.
Robinho: Sim.

“Chama-se estupro”

A sentença traz dois diálogos de Jairo Chagas, músico brasileiro que se apresentou na boate no dia do crime, com uma amiga, em áudio de janeiro de 2014.

Amiga:  Que coisa ruim eles fizeram… Essa coisa junto com Robinho. Ele também não deveria ter nada com isso… Estar com esses amigos desgraçados.
Jairo:  A garota queria fazer sexo. Mas seis são demais.
Amiga:  Isso é coisa de covarde, Jairo. Gente de m… que realmente não presta.
Jairo:  Seis são realmente demais.
Amiga:  Se a garota estivesse consciente, eles poderiam se safar. Mas ela nem consentiu.

Em nova conversa, de março daquele ano, com a mesma amia, Jairo decreta: “Isto não é uma coisa, chama-se estupro. O que aconteceu se chama estupro”.

A sentença também traz uma mensagem da vítima enviada a Ricardo Falco. “Acho que vou falar com um advogado. Eles se aproveitaram de mim e você sabe disso! Eu não estava definitivamente consciente e nem sei como entrei naquele camarim”, diz.

Advogado nega pedido de dinheiro

Robinho afirmou em entrevistas que a vítima teria pedido dinheiro para o jogador. Jacobo Gnocchi, advogado da vítima, disse que isso nunca aconteceu. “Ao menos desde quando ela é assistida por mim, isto é, desde o início, nunca houve pedido direto de dinheiro por parte da vítima”, afirmou.

A vítima teve direito a uma indenização no valor de 60 mil euros (equivalente a R$ 400 mil). O valor é referente à reparação por danos morais.

Robinho teve o contrato suspenso com o Santos após divulgação de trechos de conversas que levaram à condenação do jogador a nove anos de reclusão por violência sexual de grupo contra uma mulher albanesa. O crime foi cometido em janeiro de 2013, em uma boate de Milão.

 

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