O que mudou no mundo depois do primeiro Gre-Nal da Libertadores?

Grêmio e Internacional voltam a se encontrar na Libertadores, nesta quarta-feira (23/9), às 21h30, após o primeiro Gre-Nal da história da competição, ocorrido em 12 de março. Naquela ocasião, o clássico terminou sem gols, mas com oito expulsos na Arena do Grêmio. Depois daquele dia, o mundo virou de cabeça para baixo. É como se houve um marco no tempo de “antes e depois” do Gre-Nal na Libertadores.

O clássico foi o penúltimo compromisso dos times antes da paralisação por causa da pandemia do novo coronavírus. Depois, o Grêmio venceu o São Luiz por 3 x 2 e o Inter bateu o São José-RS por 4 x 1, ambos pelo Campeonato Gaúcho.

Com a volta do futebol após a pausa, algumas coisas mudaram para os maiores do Rio Grande do Sul e outras nem tanto. Eduardo Coudet, por exemplo, que assumiu o comando do Inter para a temporada de 2020, já enfrentou o rival quatro vezes e não venceu nenhuma. São três derrotas e um empate, sendo um dos fracassos na final do Gauchão, que deu o título ao tricolor.

Mas, no Brasileirão e na Libertadores a situação é outra. O Colorado foi o líder do campeonato nacional por cinco rodadas e, atualmente, é o 2º colocado apenas um ponto atrás do Atlético-MG. No torneio internacional, o Inter ocupa o lugar mais alto do Grupo E e pode disparar se encerrar o jejum de vitória em Gre-Nais. O último triunfo no clássico foi em setembro de 2018, pela 24ª rodada do Brasileiro.

O cenário do Grêmio de Renato Gaúcho é conturbado. O Tricolor vem de derrota por 2 x 0 para o Universidad Católica, pela 3ª rodada da Libertadores, e é o 12º na tabela do torneio nacional. Em 10 jogos, o Imortal soma apenas 13 pontos, sendo duas vitórias, sete empates e uma derrota, e o desempenho do time até então está fazendo o treinador balançar no cargo. No Brasil, Renato é o técnico que está há mais tempo em um clube: 4 anos e 3 meses.

Confira outras mudanças que aconteceram no mundo, dos esporte e em geral, após o primeiro e marcante Gre-Nal em uma Libertadores.

Pandemia

Em 12 de março, ainda no começo da pandemia, o boletim do Ministério da Saúde informava o total de 25 casos confirmados e nenhum óbito pelo novo coronavírus no Brasil. Hoje, de acordo com a atualização mais recente do Ministério, o país registra 4.558.068 infectados e 137.272 mortos pela Covid-19.

 

Poucos dias depois do Gre-Nal, as medidas de segurança para prevenir a disseminação do vírus começaram a ser implementadas e praticamente todo o país parou, inclusive os torneios de futebol. No caso, a própria Libertadores foi oficialmente suspendida no dia 18, exatamente seis dias após o clássico gaúcho.

Grandes competições adiadas

Antes do adiamento oficial da competição sul-americana, no dia 17 de março, a UEFA e a Conmebol determinaram também a suspensão da Eurocopa e da Copa América, respectivamente. Uma semana depois, uma decisão de grandeza consideravelmente maior foi tomada.

Em 24 de março, o Comitê Olímpico Internacional (COI) adiou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 para 2021, mexendo com o planejamento de atletas de todo o planeta.

Esportes criaram bolhas

A NBA, liga americana de basquete, a NHL, liga americana de hóquei no gelo, a MLB, liga americana de baseball e a Liga dos Campeões criaram “bolhas” para retomar as temporadas. Os times e atletas foram concentrados numa única cidade (ou duas, no caso do torneio europeu) para que as chances de propagação do novo coronavírus fossem mínimas. E deu certo.

 

Messi quase fora do Barcelona

Após uma temporada decepcionante do Barcelona, a maior estrela do time, ídolo de gerações, Lionel Messi pediu para sair do clube. O argentino mandou um burofax (carta oficial) à diretoria da equipe, surgiram rumores de que ele teria acordado sua ida ao Manchester City, outros times entraram no radar, mas nada foi concretizado.

O camisa 10 do Barça acabou aceitando ficar no clube por mais um ano para evitar problemas, já que não conseguiria sair como queria, sem que fosse preciso pagar multa rescisória o acionar o clube na Justiça. O casamento de 20 anos ficou por um fio.

Jorge Jesus de volta a Portugal

O treinador português, Jorge Jesus, que marcou o futebol brasileiro e ergueu cinco taças pelo Flamengo em 2019 e 2020, renovou contrato com o clube carioca em 5 de junho. Um mês e 12 dias depois, exatamente, o Benfica anunciou a volta do treinador a Portugal.

 

Jesus escolheu voltar para o clube onde já havia passado seis anos de sua carreira, com a possibilidade de disputar a Champions novamente. Isso ele conseguiu, mas foi eliminado no primeiro jogo, ainda na fase qualificatória da competição. Para o lugar dele, o Flamengo contratou o espanhol Domènec Torrent.

Flamengo num patamar diferente

Com Torrent no comando, o Flamengo mudou da água para o vinho. Era de se esperar que o rendimento do clube caísse após o ano dos sonhos com Jorge Jesus, mas a torcida não achava que seria uma queda tão drástica.

O Rubro-Negro passou do time que fez 5 x 0 sobre o Grêmio, na semifinal da Libertadores, e que perdeu somente quatro jogos no comando do português, para ter cinco derrotas em 11 jogos com o espanhol. Sendo uma delas, justamente, um 5 x 0 para o Independiente del Valle, na competição sul-americana.

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