O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ) indeferiu o mandado de segurança impetrado pela CBF e manteve suspensa a partida entre Palmeiras e Flamengo, que estava marcada para este domingo, às 16 horas, no Allianz Parque, válida pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão foi assinada pela desembargadora plantonista Maria Helena Motta, que julgou haver risco para a saúde dos envolvidos caso o confronto seja realizado.
“Em que pesem as medidas de proteção adotadas no Brasil e em outros países, no caso estamos diante de uma situação atípica, com potencial de atingir todos aqueles que convivam com os atletas, comissão técnica, etc, ou até mesmo que venham a ter contato mínimo e eventual com esses”, afirmou a desembargadora.
A CBF ainda tem mais uma instância para recorrer da decisão da Justiça: o Tribunal Superior do Trabalho (TST). A entidade se apressa para tentar reverter a decisão original que suspendeu o jogo, proferida pelo juiz Filipe Olmo, do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, que atendeu a um pedido do Sindeclubes, sindicato que representas funcionários de clubes de futebol do Rio.
O Sindeclubes ajuizou uma ação civil pública sexta-feira na Justiça do Trabalho pedindo a suspensão do duelo sob a alegação de que há “inegáveis riscos sanitários e médicos” na realização da partida porque vários funcionários do Flamengo estiveram no Equador, onde houve um surto de contaminação de covid-19 na delegação.
Só no elenco, 16 atletas contraíram a doença. No total, considerando membros da comissão técnica e funcionários do departamento de futebol, há mais de 30 pessoas contaminadas no Flamengo.
O presidente do Sindeclubes é José Pinheiro dos Santos, funcionário da segurança do Flamengo. Ele diz que o pedido para tentar suspender o jogo judicialmente partiu dos próprios colaboradores do clube rubro-negro.
Depois, na noite do sábado, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, indeferiu o pedido de revisão feito pelo Flamengo por entender que há condições sanitárias para que o confronto seja realizado. No entanto, a decisão que vale é a do TRT.
O Palmeiras bate o pé e afirma que o protocolo sanitário do Brasileirão tem de ser respeitado. “Caso seja definido que o protocolo determinado para o Campeonato Brasileiro não será cumprido, é preciso paralisar a competição”, opinou o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, nas redes sociais do clube. Desde o primeiro pedido do Flamengo, o time alviverde se posicionou contra o adiamento da partida.
De qualquer maneira, a delegação do Flamengo, repleta de jovens oriundos das categorias de base, permanece em São Paulo, onde está desde a tarde de sábado. O clube carioca mantém a programação normal para não ser surpreendido caso a Justiça decida pela realização do jogo.
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