Um dos principais campeonatos nacionais do mundo está de volta neste sábado (9/8). O pontapé da temporada inglesa foi dado por Liverpool e Arsenal — times vencedores, respectivamente, da Premier League e da FA Cup na temporada passada –, na Supercopa da Inglaterra (jogo vencido pelos Gunners nos pênaltis).
Apesar do revés, o Liverpool começa a Premier League como franco favorito ao título. Afinal, os Reds venceram a disputa passada com uma vantagem de 18 pontos sobre o 2º colocado, o City, e mantiveram a base campeão para a temporada 2020-21. Isso será suficiente para dominar novamente a Inglaterra já que outros rivais se reforçaram?
Abaixo, o Metrópoles esclarece essas questões para o torcedor fã da Premier League.
Como é a disputa?
Vinte times disputam a Premier League. Esses clubes jogam em sistema de ida e volta, durante 38 jogos.
No fim, os quatro primeiros colocados se classificam para a Champions League. Os vencedores da Liga dos Campeões e da Europa League também se classificam para a fase de grupos da próxima edição do torneio europeu. Como cada nação só tem direito a colocar cinco times na Champions, se os vencedores dessa competição forem ingleses, então o quarto colocado da Premier League joga a Europa League na próxima temporada.
O quinto colocado da Premier League e o vencedor da FA Cup se classificam para a fase de grupos da Europa League da próxima temporada. Porém, se o vencedor da Copa da Inglaterra terminar entre os cinco primeiros lugares do Campeonato Inglês ou for vencedor de um dos torneios europeus, a vaga vai para o 6º colocado.
Quem são os favoritos?
O atual campeão, o Liverpool, mantém a base que ganhou Champions League, Mundial e a primeira Premier League desde 1990. Além disso, é comandado por Jürgen Klopp, considerado por muitos o principal treinador do mundo. Logo, os Reds surgem como os principais favoritos para o bicampeonato inglês.
Atrás deles, a fila é puxada pelo chamado Big Six, que além do Liverpool, inclui os clubes de Manchester (City e United) e Londres (Arsenal, Chelsea e Tottenham). Dificilmente o título escapa das mãos dessas equipes.
Como difícil não significa impossível, há outros clubes, que não contam com os investimentos do Big Six, mas que, com trabalhos que privilegiam a continuidade e contratações certeiras, conseguem sempre incomodar no topo da tabela. É o caso do Leicester (campeão da Premier League em 2016), Wolverhampton e Everton.
Os brasileiros
Manchester City (Gabriel Jesus, Fernandinho, Ederson e Yan Couto) e Arsenal (William, Gabriel Martinelli, David Luiz e Gabriel Magalhães) são os times com mais brasileiros na Premier League. Depois deles, vêm Liverpool (com os essenciais Fabinho, Alisson e Roberto Firmino) e Everton (do recém-chegado Allan, Bernard e Richarlison). No United, Andreas Pereira e Fred são os brazucas.
Entre outros destaques, Lucas Moura no Tottenham, Felipe Anderson no West Ham e Thiago Silva, que fará sua estreia pelo Chelsea.
As novidades
O Chelsea foi o time que, de longe, fez mais barulho no mercado de contratações. Além do já citado zagueirão Thiago Silva, a equipe de Londres contratou duas joias do futebol alemão (Kai Havertz, do Bayer Leverkusen, por 72 mi de euros, e Timo Werner, do RB Leipzig, por 47 mi), o marroquino Hakim Ziyech, do Ajax, por 33.6 milhões e Ben Chilwell, do Leicester, por 50 milhões de euros. Com tantos reforços se juntando aos jovens que surpreenderam na última Premier League, as expectativas para o esquadrão de Frank Lampard são enormes.
Para caber tanta gente no orçamento, o Chelsea optou por não renovar com William, que trocou o lado azul pelo vermelho na cidade de Londres se juntando ao Arsenal. Outro brasileiro que se juntou aos Gunners foi o zagueiro Gabriel Magalhães, do Lille, por 27 milhões de euros.
Os petrodólares do Manchester City também se agitaram neste mercado, com as vindas dos jovens Ferrán Torres, do Valencia, por 24.5 milhões de euros, e de Nathan Aké, do Bournemouth, por 41 mi. O rival da cidade não ficou para trás, trazendo Donny van de Beek, do Ajax, por 34.7 milhões de euros.
Fora do Big Six, o Everton trouxe o volante da Seleção e ex-Napoli, Allan, por 22.5 milhões de euros, e James Rodríguez, do Real Madrid, por 20 milhões; já o Newcastle, em meio à polêmica da compra do clube, fechou com dois ex-Bournemouth: Callum Wilson (20 mi) e Ryan Fraser (agente livre).
Palpite Metrópoles
Liverpool. Com a mesma base campeã dos últimos torneios e uma capacidade de se adaptar a diferentes estilos, o Liverpool é o nosso favorito para o bicampeonato inglês. A jornada, no entanto, não será tão fácil quanto do último campeonato, vencido com 18 pontos de vantagem.
Isso por que todas as equipes do Big Six parecem vir para a Premier League reforçadas e mais organizadas em relação ao ano passado. O Tottenham sofreu com lesões importantes, como as de Kane e Son, mas começa o campeonato saudável; o Arsenal, sob o comando de Mikel Arteta, fez reforços pontuais e vem de títulos na FA Cup e na Supercopa da Inglaterra; o Manchester City de Pep Guardiola é sempre uma ameaça; o United terminou o Inglês passado jogando um ótimo futebol; e o Chelsea surpreendeu sob o comando de Frank Lampard e foi a equipe que melhor contratou.
Onde assistir?
A Premier League será transmitida pelos canais ESPN e pelo serviço de streaming DAZN
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