O Paysandu anunciou que passará a emitir carteiras de sócio torcedor, do programa Sócio Bicolor, com nome social. Essa ação dá a pessoas transgênero o direito de ter o nome que escolheu reconhecido e respeito no documento, não necessariamente o que consta na sua certidão de nascimento.
Na última semana, funcionário do Sócio Bicolor passaram por um treinamento para atender esse público. A atividade foi coordenada pelo presidente da Olivia (Organização, Liberdade de Expressão, Integração Social, Valorização das Comunidades, Inteligência e Amor), Gleyson Oliveira.
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“Nós estamos falando do Paysandu, um time grande, e como time grande, ele está aprendendo a receber esse público. Quando a gente fala do público LGBTI em específico, nós estamos falando de pessoas totalmente excluídas da sociedade. Se tratando de pessoas trans, mais específico ainda”, disse Gleyson ao site do clube.
“Eu conheço várias pessoas trans que têm vontade de frequentar o estádio, mas não tem o seu nome social respeitado. O nome social é a questão de autoidentificação. Se você nega isso para ela, você está assassinando essa pessoa, socialmente falando, pois você está negando a existência dela”, ressaltou.
Ieda Almeida, vice-presidente de Operações do Paysandu, reforçou a importância do posicionamento do clube. “Em um país cheio de discriminação e violência, um clube do tamanho do Paysandu precisa estar à frente e procurar combater qualquer tipo de preconceito. (…) Apoiamos a garantia dos direitos de todas as pessoas. Igualdade sempre.”
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