Em dezembro, o Santos escolheu Jesualdo Ferreira para comandar o time. Um técnico com experiência, vivência e um estilo bem diferente do antecessor, Jorge Sampaoli. A aposta foi digna de elogio e ressaltamos isso por aqui. Nem deu tempo de verificar os possíveis pontos positivos e negativos. Sete meses depois do anúncio, com apenas 15 jogos disputados e uma pandemia no meio do caminho, o clube anunciou a sua demissão. Uma atitude covarde contra um profissional que ficou no Brasil, um dos piores lugares para se estar na pandemia da Covid-19, aos 74 anos, e em um clube que geriu pessimamente a crise, nos escritórios e no campo. Além de tudo, um atestado de incompetência: por mais que o técnico tivesse parte da responsabilidade pelo baixo rendimento, o que acontece no Santos tem muito menos a ver com o português e muito mais a ver com quem o demite.
Só dois jogos depois do retorno do futebol em meio à maior crise sanitária dos últimos 100 anos, o Peixe serve a cabeça do treinador em uma bandeja ao Comitê Gestor como justificativa para o desempenho ruim. Um clube que reduziu em até 70% os salários de todos seus funcionários, o que inclui a comissão técnica e os jogadores, com a justificativa da pandemia. Não entrou em acordo com os jogadores, como alguns clubes fizeram. Simplesmente anunciou a medida.
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