Dani Alves nega transferência ao Fla: “No Brasil, só jogo no São Paulo”

Daniel Alves completou nesta semana um ano no São Paulo e foi categórico nesta terça-feira (4/8), em entrevista coletiva por videoconferência, sobre qualquer chance de se transferir ao Flamengo, como vem sendo especulado nos últimos dias.

“Uma coisa que quero deixar claro para nunca mais ter esse debate: único clube que eu jogo no Brasil é o São Paulo”, disse o jogador de 36 anos, que reforçou a declaração.

“Se sair qualquer coisa de outro clube, pode falar que é mentira. Que fique claro: único clube é o São Paulo. É meu sonho de criança. Não jogo em outro clube que não for o São Paulo no Brasil. Aqui no Brasil estou por um sonho, não por parte financeira, dinheiro”, afirmou o camisa 10 tricolor.

Se fosse para o Flamengo, Daniel Alves reencontraria o técnico espanhol Domènec Torrent, que era auxiliar de Pep Guardiola quando o jogador atuava no Barcelona. “Queria dar boas-vindas ao Dome, vivemos momentos incríveis e históricos. Fazemos parte um da vida do outro. Como embaixador brasileiro, dou boas-vindas e espero êxito no Flamengo, exceto contra o São Paulo”, comentou brincando.

Daniel Alves também explicou que o sonho de voltar ao Bahia, onde iniciou a carreira, agora é distante, já que a torcida não gostou muito da ideia de ter o jogador por pouco tempo, pelo o que ele diz. “Até falei que encerraria a carreira no Bahia, mas a torcida rechaçou, então acabou isso. Dois meses pra eles não servem”, explicou.

Marketing

Na entrevista coletiva, o jogador mandou um recado para algumas pessoas que trabalham nos bastidores do São Paulo e alfinetou o departamento de marketing do clube. O motivo da crítica ao setor de projetos do time tricolor se deu após ele ser questionado em relação às parcerias prometidas para o pagamento de seu salário.

“Muito difícil falar de algo que foge das minhas mãos. Não controlo o marketing do São Paulo. Se controlasse, algumas tomadas de decisões seriam diferentes porque tenho outra ideia de como eu faria, no meu caso e num clube desse tamanho”, afirmou.

O modelo político que o São Paulo adota para resolver suas questões internas foi outro ponto criticado por Daniel Alves. “Tudo tem que passar pelo Conselho. No futebol, muita gente passa pela tomada de decisão, levadas a Conselho e começa a expor algumas coisas. Isso começa a gerar uma certa dificuldade. O São Paulo não é apenas os jogadores que estão sempre expostos, é um todo”, disse, ainda completando.

“Se esse todo não estiver conectado, não vai fluir. Nós precisamos controlar a nossa área, nosso trabalho, dia a dia e nosso suor. Se conseguirmos isso, até os ruins nos clubes vão passar a ser bons. No São Paulo, a sensação é de que nem todo mundo quer a mesma coisa, então vai expor quem está à frente: treinador, presidente, diretor esportivo, jogador, eu, que vim com expectativa alta. Sempre nós ficamos expostos, mas temos liberdade de convencer todo um clube que esse é o caminho geral, de todos lutarem pela mesma coisa”, finalizou.

Fora do Campeonato Paulista — caiu nas quartas de final para o Mirassol —, o São Paulo volta a campo neste domingo (9/8), quando enfrenta o Goiás, no estádio da Serrinha, em Goiânia, na estreia do Campeonato Brasileiro. O time está se preparando nesta semana no CT Laudo Natel, onde treina as categorias de base, na cidade de Cotia (SP).

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