Covid-19: entenda por que Portugal foi escolhido para “bolha” da Champions

Lisboa, capital de Portugal, será pelos próximos 12 dias o endereço único da Champions League. O local foi escolhido estrategicamente para servir como uma espécie de “bolha de segurança” da competição em relação ao novo coronavírus.

Atalanta e Paris Saint-Germain abrem as quartas de final nesta quarta-feira (12/8) e dão início a uma série de sete partidas até a decisão da principal competição de clubes da Europa – de 12 a 23 de agosto. Os clubes que chegarem à final ficarão 11 dias imersos numa rotina de treinos em Portugal.

A concentração dos clubes e das partidas num mesmo país foi uma das ações do protocolo estabelecido pela Uefa para a competição. A escolha por Portugal, por exemplo, já foi parte da estratégia para evitar a transmissão de Covid-19.

O país agiu com rigor em relação à pandemia desde o início e deu exemplo. Na contramão de vizinhos como Espanha e Itália, determinou fechamento das atividades logo no início, adotou precauções sanitárias e o resultado estão nos números: até essa terça-feira, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, eram 1.761 mortos pela doença, menos do que o Distrito Federal. 

CTS e hotéis separados

Diante de um cenário relativamente mais tranquilo da epidemia em um país, a Uefa, então, adotou outras medidas. Os oito clubes envolvidos nas quartas de finais da competição foram alocados em 8 centro de treinamentos e 8 hotéis diferentes. Eles estão situados em Lisboa ou muito próximo à capital.


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Apenas dois estádios irão receber as sete partidas: o José Alvalade, do Sporting, e o da Luz, do Benfica que será também o palco da grande final.

Embora a situação em Portugal esteja mais controlada do que em outros países, a capital ainda está sob restrições mais rígidas. Está proibido, por exemplo, reunião com mais de 10 pessoas. Restaurantes, lojas e bares devem ser fechados até 20h.