O Corinthians retornou ao Campeonato Paulista com uma missão quase impossível para conseguir a segunda vaga do Grupo D às quartas de final, pois a primeira já era do Red Bull Bragantino. Precisava vencer Palmeiras, Oeste e ainda torcer para que o Guarani acumulasse tropeços. Pois bem, tudo isso aconteceu. O time de Parque São Jorge está vivo em busca do tetracampeonato estadual inédito, mas o rendimento em campo não deixa nem o mais fanático torcedor confiante.
Sem poder culpar o período de pandemia do novo coronavírus, afinal todas as equipes passaram pelos mesmo problemas, o técnico Tiago Nunes não consegue dar sua “cara” ao time, que em muito momentos ainda parece muito com aquele treinador pelo antecessor Fábio Carille, ganhador dos últimos três títulos paulistas.
No clássico contra o Palmeiras, o exemplo foi característico. O time fez um gol de bola parada (escanteio) com o zagueiro Gil e depois se fechou em seu campo, tentando tímidos contra-ataques e contando mais uma vez com as defesas milagrosas de Cássio. A diferença do time atual para o anterior é a falta de entrosamento e qualidade técnica.
“O Corinthians é sempre uma equipe tradicional, forte, que tem de ser respeitada. Mas a gente sabe que em nenhum momento fomos colocados como uma equipe postulante ao título, ainda mais depois das primeiras rodadas. Oscilamos muito na competição, mesmo tendo jogado muitos jogos bem”, disse o técnico Tiago Nunes.
A fragilidade do time pôde ser constatada mais uma vez frente ao Oeste, time que terminou rebaixado e com a pior campanha entre os 16 participantes do Paulistão, com apenas três vitórias, um empate e oito derrotas. O primeiro tempo foi todo do time do técnico Renan Freitas, que teve pelo menos quatro boas chances para abrir o placar.
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“A gente está muito satisfeito pelo rendimento, pela entrega dos jogadores, por tudo o que demonstraram em termo de dedicação nos últimos jogos. E valorizar as duas vitórias seguidas, duas vitórias sem sofrer gol, chegando nessa classificação”, afirmou o treinador.
A bola parada foi mais uma vez decisiva a favor do Corinthians, quando Luan cobrou falta pela esquerda e Danilo Avelar subiu bastante para fazer de cabeça o primeiro gol do jogo. A segunda etapa foi sofrível e o segundo gol só saiu com um chute despretensioso de Éderson mais uma vez no apagar dos holofotes.
Para seguir seu objetivo de levantar a quarta taça consecutiva, o endividado time do presidente Andrés Sanches vai ter de superar o Bragantino, equipe de melhor campanha até o momento na competição. Os maior trunfos serão a tradição de sempre se encorpar nos momentos decisivos e conta com o retorno do atacante Jô, que deverá ficar com a vaga de Boselli, operado de uma fratura no rosto.
Mas isso parece muito pouco diante de tantas falhas nos passes, na marcação e em posicionamento apresentadas no gramado durante todo o ano. O Corinthians de Tiago Nunes lembra o de Fábio Carille, mas corre o risco de ficar só na lembrança.
“O foco principal é no que se diz respeito ao Corinthians. Existem variáveis fora do controle, um jogo paralelo, que também era importante para nós, era uma variável fora do controle. Então o foco tinha que ser no nosso próprio jogo. Os atletas entenderam isso, tiveram um nível de concentração bastante alto, a gente explanou bastante sobre isso nos últimos dias. Aí com o resultado favorável, a gente também sabendo o que estava acontecendo no outro jogo, conseguimos administrar até o final”, afirmou o técnico.
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