“Se não é sofrido, não é Brasiliense”. Nunca essa frase teve tanto valor, como nesta quarta-feira (31), na Boca do Jacaré. Nas vésperas do aniversário do clube, que completa 19 anos amanhã, a equipe segue viva na Copa Verde, após superar o Vitória/ES na decisão por pênaltis.

Em um jogo duro, disputado, com o adversário perdendo pênalti no tempo normal, o placar zerado persistiu durante os 180 minutos, levando a partida para as penalidades. Durante as cobranças, mais uma vez Edmar Sucuri provou porque tem sido um dos grandes nomes do Jacaré e realizando uma defesa importantíssima, garantiu a classificação da equipe candanga à próxima fase da competição nacional.

Início movimentado

Com a ambição de querer fazer gol, o Brasiliense iniciou a partida a todo vapor. Pressionando desde o início, a equipe amarela chegou com jogadas de perigo duas vezes nos cinco primeiros minutos de jogo, ambas com Jobson, que buscava a todo momento a disputa de bola com a marcação adversária. Seguindo a pressão, o Jacaré chegou pela primeira vez com perigo aos 10 minutos, após cruzamento de China para Romarinho, que deu um carrinho na bola, que foi pela linha de fundo.

Melhores chances e substituições forçadas

No andamento da partida, o duelo ficou mais equilibrado. Mesmo com o Brasiliense pressionando e a equipe capixaba tentando os contra-ataques para surpreender, as duras jogadas, principalmente no meio campo, desgastavam a parte muscular dos jogadores.

Aos 21 minutos, o primeiro susto e desfalque. Logo após dar um pique, na busca do ataque, Jobson acabou sentindo a coxa, saindo de campo de maca, queimando a primeira substituição do treinador Ricardo Antônio, que colocou Michel Platini.

Dois minutos depois da saída de Jobson, o Vitória buscou crescer na partida e quase chega no primeiro gol, ocasionando a única chance dos capixabas no primeiro tempo, quando Carlos Victor aproveitou um bate e rebate dentro da área e finalizou de perna direita pra fora.

Na reta final do primeiro tempo, outro desfalque fez o comandante do Jacaré realizar mais uma substituição. Desta vez, a vítima de lesão foi Aldo, que sentiu problema muscular aos 36 minutos e deu lugar para Yves, que fazia sua estreia com a camisa do Brasiliense em uma partida oficial.

Com a rede difícil de ser balançada, o primeiro tempo chega ao fim. Mas no último lance da etapa, quase o Brasiliense abre o placar, depois que Peninha finalizou de fora da área e o goleiro Paulo Henrique quase aceitar, após deixar a bola escorregar pelas mãos.

Sucuri opera milagre e defende mais um pênalti   

A última parte do duelo começou bem movimentado. Brasiliense e Vitória, querendo marcar o gol de qualquer jeito, chegavam em lances de perigo. Antes dos dez minutos, ambas equipes criaram uma sequência de jogadas perigosas.

Proporcionando a primeira oportunidade perigosa do segundo tempo, aos oito minutos, David Manteiga deu belo passe para Peninha finalizar fraco. Logo em seguida, o Vitória contra-atacou. Rodrigo Cezar deixa Carlos Victor na cara do gol. O meia finaliza, mas Edmar Sucuri faz bela defesa no chão salvando o Jacaré.

Quanto mais os minutos passavam, mais tensa a partida ficava para ambos os lados. Entre ataques de um lado e do outro também, o Vitória esteve bem perto de abrir o placar quando, em um rápido ataque aos 27 minutos, Dedé foi deslocado por Yves dentro da área, fazendo o árbitro da partida marcar pênalti. Na batida, Nilo bateu forte e Edmar Sucuri mais uma vez fez uma grande defesa.

Sem criações ofensivas para ambos os lados, a partida se encaminhava para um final sem gols e indo para a decisão por pênaltis. O Brasiliense, de todo jeito, tentava o gol, na base do desespero, mas a bola não entrava, deixando todos que compareceram à Boca do Jacaré aflitos até o apito final.

“São Sucuri” mais uma vez entra em ação

Na disputa por pênaltis, muita tensão. Ricardo Antônio selecionou seus cinco cobradores, que obedeceram ao que fizeram nos treinamentos, convertendo todas as cobranças autorizadas. Michel Platini, Alex Murici, Yves, China e Maikon Leite marcaram os gols do Jacaré.

Pelo lado do Vitória, tudo ia se encaminhando bem, quando todos estavam convertendo, mas na hora da cobrança de Carlos Victor – o mesmo que errou no jogo em Vitória –, Edmar Sucuri esticou o braço no canto esquerdo e sacramentou a classificação do Brasiliense, gerando muita emoção dentro de campo.

No final da partida, ovacionado pelos companheiros de campo e pelo torcedor, Edmar Sucuri se emocionou e agradeceu a todos que sempre contribuíram e o ajudaram em toda a trajetória.

“Desde sempre venho trabalhando e me dedicando sempre. Tenho que agradecer muito ao suporte do Brasiliense, com o preparador de goleiros, para que meu trabalho possa ser executado de forma eficiente. Hoje, estou feliz, por ter ajudado o Brasiliense a se classificar. Pode ter certeza, que teremos muito mais motivação na sequência da temporada, que não acabou”, disse.

“Clássico” do Centro-Oeste na próxima fase

Classificado, agora o Jacaré mais uma vez romperá fronteiras e irá a terras goianas, onde enfrentará o Goiás, na próxima fase da competição. As partidas, previamente, estão marcadas para as duas próximas quartas-feiras (07 e 14), em horário a definir, com o jogo da ida sendo no Distrito Federal e o jogo da volta em Goiânia.

FICHA TÉCNICA

BRASILIENSE 0 (5) X (3) 0 VITÓRIA/ES

Copa Verde 2019 – jogo de volta

31/07/2019, 15h, Boca do Jacaré. Taguatinga-DF

Público pagante: 331 pagante

Renda: R$ 1.880,00

Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha/GO

A1: Christian Passos Sorence/GO

A2: Paulo Cesar Ferreira de Almeida/GO

4º árbitro: Luiz Paulo Aniceto/DF

BRASILIENSE

Edmar Sucuri; Alex Murici, Lúcio, Badhuga e China; Aldo (Yves), David Manteiga (Maikon Leite) e Peninha; Romarinho, Elcarlos e Jobson (Michel Platini).

Técnico: Ricardo Antônio

Cartões amarelos: Peninha, Elcarlos, David Manteiga e Yves

Pênaltis convertidos: Michel Platini, Alex Murici, Yves, China e Maikon Leite.

VITÓRIA/ES

Paulo Henrique, Cássio, Ferrugem, Léo Breno (Lucas Barboza) e Thainler; Nick, Rodrigo Cesar, Dedê e Carlos Victor; Vitinho (Igor Pimentel) e Jarles Baiano (Nilo).

Técnico: Wesley Martinelli

Cartões amarelos: Ferrugem

Cartões vermelhos: Ferrugem

Pênaltis convertidos: Paulo Henrique, Thainler e Dedé

Fotos: Hugo Barreto/Metrópoles
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Lucas Bolzan

Jornalista BrasilienseFC.com.br