Libertadores: River e Boca ficam no 2 x 2 na primeira partida da final


Em um grande clássico realizado neste domingo (11/11), no estádio da La Bombonera, o Boca Juniors esteve duas vezes à frente do placar, mas o River Plate foi buscar o empate por 2 a 2, no confronto de ida da final da Copa Libertadores. O chamado Superclássico, que pela primeira vez decide uma edição da competição continental, era para ter ocorrido no sábado (11), mas a forte tempestade que atingiu Buenos Aires ao longo do dia impediu a realização do confronto, pois o gramado ficou em condições impraticáveis para o futebol.

Mesmo atuando fora de casa e sem poder contar com o apoio de nenhum dos seus torcedores nas arquibancadas, fruto de medida de segurança adotada pela polícia argentina, o River tratou de tentar ir para cima do Boca desde o início e com cinco minutos de duelo quase marcou por duas vezes. Primeiro em falta cobrada por Martínez que exigiu boa defesa de Rossi e depois em cabeçada de Lucas Martínez que passou perto da trave do gol do Boca.

Em um ritmo eletrizante e com a torcida da equipe da casa cantando sem parar, os anfitriões sofriam para criar chances ofensivas e ainda amargaram a saída do atacante Pavón, que sentiu uma lesão muscular e precisou ser substituído por Benedetto aos 26 minutos. Indignado por ter de sair de campo, o titular deu socos de raiva no gramado.

Apesar da baixa, o Boca encontrou o caminho do gol pouco depois, aos 33 minutos. Ábila recebeu passe pelo lado esquerdo da área e arriscou o chute. Armani defendeu parcialmente, mas o mesmo atacante pegou o rebote e finalizou. O goleiro tocou na bola novamente, mas ela entrou em sua meta.

A torcida explodiu de alegria nas arquibancadas, mas a festa durou pouco tempo. Apenas oito segundos depois da reposição de bola no meio de campo, o River conseguiu o empate. Pity Martínez arrancou em velocidade e lançou para Lucas Pratto, que ganhou a disputa no mano a mano com um defensor, invadiu a grande área e chutou cruzado no canto direito baixo de Rossi para deixar tudo igual aos 35 minutos.

E o duelo seguiu em altíssima velocidade. Aos 39 minutos, o River quase virou em finalização de Pity Martínez que parou em defesa à queima-roupa de Rossi. Em seguida, aos 40, Borré recebeu lançamento nas costas da zaga e desperdiçou grande chance ao chutar à direita do goleiro do Boca. Entretanto, a arbitragem entendeu que ele estava impedido no lance.

Carrasco do Palmeiras nas semifinais, com três gols em dois jogos contra o time alviverde, Benedetto voltou a mostrar que tem estrela ainda no primeiro tempo do clássico deste domingo. Ele recebeu cruzamento e, mesmo de costas para o gol, acertou uma cabeçada improvável no canto esquerdo baixo de Armani para voltar a colocar o Boca à frente do placar, aos 45 minutos.

Aos 15 minutos da etapa final, porém, quem acabou levando um gol em nova jogada aérea foi o Boca. Após bola cruzada da direita, o zagueiro Izquierdoz tentou fazer o corte de cabeça, mas acertou o canto direito baixo do goleiro Rossi.

Precisando da vitória para levar alguma vantagem para o Monumental de Núñez, o técnico Guillermo Barros Schelotto resolveu promover a entrada do veterano Tevez no lugar de Villa no ataque. Do outro lado, Matías Biscay (auxiliar que substituiu o suspenso Marcelo Gallardo) deu novo gás ao meio-campo do River ao trocar Enzo Pérez por Zuculini.

E Tevez foi o autor da principal jogada do Boca no final da partida, aos 44 minutos, quando conseguiu se livrar da marcação e deu passe para Benedetto, na cara do gol, chutar e ser abafado por Armani, que praticou ótima defesa para salvar o River.

O confronto de volta da decisão será no próximo dia 24, um sábado, no Monumental de Núñez, onde quem vencer por qualquer vantagem ficará com o título. Na decisão, os gols marcados fora de casa não tem peso para efeito de desempate, diferentemente do que ocorre em todas as outras fases do mata-mata da Libertadores Em caso de nova igualdade no placar, o campeão será definido nas cobranças de pênaltis.