Flamengo e Vasco se enfrentam em Brasília com estádio cheio


Quatro horas antes de Flamengo e Vasco se enfrentarem no gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha, milhares de torcedores já se concentravam nos arredores da arena para o “esquenta”. A partida iniciada às 19h deste sábado (15/9) garante ao Flamengo a chance de seguir vivo na busca pelo título. Para o Vasco, a briga é na parte debaixo da tabela. O cruzmaltino é, empatado com o Paraná, vice-lanterna do Campeonato Brasileiro.

Para evitar a formação de grandes filas, um esquema especial foi montado. A partir das 16h, dez portões foram abertos para distribuir a entrada da torcida. Houve reforço do policiamento nas estações do metrô, na área central e no Setor Hoteleiro (Norte e Sul). As torcidas organizadas foram escoltadas e tiveram de passar por uma revista pessoal antes de terem o acesso permitido às arquibancadas.

Ao fim do jogo, primeiro sairá a torcida organizada do time derrotado, que será escoltada até deixar o Distrito Federal.

Um grupo de amigos de Brasília organizaram na porta do estádio um “churrasco da paz”. Eles viajam pelo Brasil atrás do time rubro-negro e, desde 2013, fazem essa tradicional festa quando o Flamengo enfrenta o Vasco.

O comerciante Jean Claud Barros, 49 anos, e o servidor Niva Borges, 51, são a marca dessa pacificação de torcidas. Os dois se provocam sempre que o time do amigo perde, e se gabam quando a própria equipe ganha, mas se respeitam, acima de tudo. “A gente é contra a violência. Futebol é amor, é paixão e mesmo os torcedores de times rivais devem se respeitar”, diz Jean Claud.

O servidor público Rômulo Macedo, 52, veio com a mulher, Marcele Raposo, e o filho Davi Macedo, de 10 anos, para acompanhar o time do coração. “Sempre que o Flamengo vem jogar aqui em Brasília, a gente costuma assistir”, diz.