O técnico Didier Deschamps deixou o gramado nesta sexta-feira (6/7) com o sentimento de dever cumprido após a vitória da França por 2 x 0 sobre o Uruguai, em Nijni Novgorod, pelas quartas de final da Copa do Mundo. A seleção francesa garantiu vaga nas semifinais e atingiu a meta estipulada pelo presidente da Federação Francesa de Futebol, Noel Le Graet. “Somos os primeiros a chegar lá. Agora não será mais um fracasso nossa campanha na Rússia”, disse Deschamps.

A partida entre a França e a seleção ganhadora da partida entre brasileiros e belgas será realizada na próxima terça-feira (10), às 15h, em São Petersburgo.

O jogo
O jogo em Nijni Novgorod até que começou equilibrado. Nos primeiros dez minutos, o Uruguai pressionou bem a França, que mostrava alguma dificuldade para manter a posse de bola. A equipe do técnico Óscar Tabárez tentava agredir o adversário, porém, sem muita eficácia – Cavani fazia muita falta ao time, apesar de seu substituto, Stuani, se desdobrar para ajudar Suárez no ataque e ainda voltar para recompor o sistema defensivo do time.

A partir desse lance, a qualidade do jogo caiu. A França tentava avançar com a velocidade de Griezmann e Mbappé, mas o Uruguai bloqueava com eficiência e a bola não chegava redonda para os articuladores do time francês.

Após falta boba de Bentancour, Griezmann levantou com perfeição na área. Aos 39 minutos, o zagueiro Varane “passou por cima” de Stuani, atacou a bola com precisão, cabeceando no canto direito de Muslera, sem chances de defesa para o goleiro da seleção uruguaia, e para festa da pequena, mas barulhenta torcida da França em Nijni.

O Uruguai poderia ter empatado a partida no lance seguinte, em jogada parecida. Após falta de Kanté em cima de Cáceres, a bola foi levantada na área e o próprio Cáceres desviou para o gol, para excelente defesa de Lloris. No rebote, o zagueiro Diego Godín, sozinho dentro da pequena área, chutou por cima do gol.

 

Segundo tempo
A segunda etapa começou com a seleção da França mais em cima, arriscando cruzamentos mais fechados para dentro da área, mas o goleiro Muslera saía bem do gol e afastava o perigo. Depois de duas chegadas com mais perigo de sua seleção, mas sem tanta efetividade, o técnico Óscar Tabárez fez duas alterações de uma vez só aos 13 minutos e mandou a campo Cristian ‘Cebolla’ Rodriguez e Maximiliano Gomez.

Só que o Uruguai não teve nem tempo de saber se as alterações do ‘Maestro’ Tabárez dariam certo. Aos 15, Griezmann encontrou espaço na intermediária e arriscou para o gol. O chute foi forte, mas foi no meio, na mão de Muslera. O goleiro do Uruguai tentou espalmar, mas a bola subiu e caiu dentro da meta uruguaia: uma grande falha.

O segundo gol francês acabou com o ânimo dos uruguaios presentes no estádio de Nijni Novgorod e o time francês, com muita calma, apenas rodou a bola, sem pressa, sem cair em provocações. Sem forças para buscar reação, os uruguaios assistiram à festa francesa em Nijni. Nas arquibancadas, a torcida uruguaia cantava mesmo com a derrota e os franceses celebravam a classificação com descrição. A equipe, que foi campeã do mundo em 1998 e que não chegava às semifinais desde 2006, está firme na luta pelo seu segundo título.

FICHA TÉCNICA

Uruguai 0 x 2 França

Uruguai
Muslera; Cáceres, Giménez, Godín e Laxalt; Nahitan Nández (Urretaviscaya), Torreira, Bentancur (Cristian Rodriguez) e Vecino; Luis Suárez e Stuani (Gomez).
Técnico: Óscar Tabárez

França
Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Lucas Hernández; Kanté, Pogba, Tolisso (Nzonzi), Griezmann (Fekir) e Mbappé (Dembele); Olivier Giroud.
Técnico: Didier Deschamps

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

Horário: 11h

Local: Nijni Novgorod Stadium, em Nijni Novgorod (RUS)

Gols: Varane, aos 40 minutos do primeiro tempo; Griezmann, aos 15 do segundo.

Cartões amarelos: Lucas Hernández, Bentancour, Cristian Rodriguez e Mbappé.

Público: 43.319 torcedores.